terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Homenagem de mãe para filho

Quando criei o blog e a página "Um dragão por dia", o João Gabriel estava completando 12 anos. Ele tinha muita habilidade com desenho e queríamos mostrar isso para nossos amigos e família.
Quem deu a ideia da página foi o meu marido, padrasto do João, Hermann Santiago, que observou que havia muitos dragões na pasta de desenhos dele.

No início, o João desenhava e eu postava. Além disso, eu organizava as postagens e definia o que iríamos fazer. A ideia deu tão certo que rapidamente conseguimos muitos seguidores. Tanta criatividade também chamou a atenção da imprensa e o João saiu em muitos jornais, sites e até na Veja.

Mas, mais do que o talento do João, o que saltou aos olhos foi sua perseverança e seu comprometimento. Durante um ano inteiro, ele postou praticamente todos os dias, mesmo nas férias, finais de semana e feriados. Nas poucas vezes em que deixou de postar (dois ou três dias), ele fazia questão de postar dois desenhos no outro dia, para compensar.

Em uma ocasião, viajamos par Caraíva, na Bahia, onde a internet não pega direito. Sugeri que colocássemos uma mensagem de "Estamos de férias". Sugestão  que o João rejeitou imediatamente. Antes de viajarmos, ele fez 12 desenhos em um dia (!!!) E eu fiquei  mais de duas horas programando as postagens no site e no blog (ossos do ofício de mãe de um desenhador de dragões, hehehehehe).

Quando completamos um ano de blog, ele foi convidado para a virada cultural de BH, participando de uma pequena exposição no SESC PALLADIUM. E então, com o desafio completo de postar 365 dragões, eu acabei me afastando do blog por dois motivos: o final da minha gravidez e o início da minha empresa, a Kriativar, que, aliás, foi inspirada na experiência artística do João.

E sabe qual foi a minha maior surpresa? Ver que o João assumiu o blog e a página com maestria, dando prosseguimento ao seu projeto, agora com um novo formato. Em apenas um dia, ele pesquisou sobre blogs em tutoriais e sites e deu uma repaginada por aqui, adicionando funcionalidades que eu nunca consegui inserir. Ele também definiu o que ele iria postar nos dias da semana e está tendo muitas ideias de interação com os seguidores da página. Tudo isso sem a minha ajuda.

Agora que a irmãzinha dele já nasceu e que eu estou mais tranquila no trabalho vou poder voltar a aparecer por aqui, dessa vez como colaboradora.

E  o que mais me orgulha nisso tudo é que desde a nossa primeira postagem, eu vi um  desenhista amador se tornar um artista, uma criança virar referência, um menino se transformar em um rapaz.

João, você é demais!

E aqui estou eu entre meus dois amores: João Gabriel e Tetê. 
Meu adolescente e minha bebê.



terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Hic Sunt Dracones

Se dragões despertam curiosidade e interesse ainda hoje, imagine em tempos mais remotos? Na época medieval, quando ainda pairavam muitos mistérios sobre a geografia do planeta, a frase do latim Hic Sunt Dracones era empregada, em mapas, para designar territórios desconhecidos e perigosos. Nessa época os mapas ainda traziam imagens de outras criaturas mitológicas para indicar perigo.
Hoje em dia essa frase também é usada, mas de uma forma totalmente diferente. Alguns programadores de software usam para indicar partes especialmente difíceis ou seções obscuras do código fonte de um programa, para que outros programadores não se preocupem com estas seções.